O que Paulo escreveu acerca dos judeus não crentes de seu tempo poderia ser dito, creio, com respeito a alguns crentes de hoje:
Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.
Muitos têm zelo sem conhecimento, entusiasmo sem esclarecimento. Em outras palavras, são inteligentes, mas faltam-lhes orientação.
Que jamais o conhecimento sem zelo tome o lugar do zelo sem conhecimento! O propósito de Deus inclui os dois: o zelo dirigido pelo conhecimento, e o conhecimento inflamado pelo zelo.
Mordecai Richler, um comentarista canadense, foi muito claro a esse respeito:
O que me faz ter medo com respeito a esta geração é o quanto ela se apóia na ignorância. Se o desconhecimento geral continuar a crescer, algum dia alguém se levantará de um povoado por aí dizendo Ter inventado… a roda.
Estas três ênfases – a de muitos católicos no ritual, a de radicais na ação social, e a de alguns pentecostais na experiência – são, até certo ponto, sintomas de uma só doença, o anti-intelectualismo. São válvulas de escape para fugir à responsabilidade, dada por Deus, do uso cristão de nossas mentes.
Anseio por “um” equilíbrio bíblico, evitando-se os extremos do fanatismo. Apressar-me-ei em dizer que o remédio para uma visão exagerada do intelecto não é nem depreciá-lo, nem negligenciá-lo, mas mantê-lo no lugar indicado por Deus, cumprindo o papel que ele lhe deu.
Livro: Crer é também pensar | John Stott.
,%20mas%20que%20sobe%20desordenada,%20sem%20dire%C3%A7%C3%A3o,%20tocando%20o%20c%C3%A9u%20como%20fogo%20solto%20no%20vento.%20Do%20outro%20lado,%20uma%20cabe%C3%A7a%20humana%20e.jpg)